
Atuando na área de desenvolvimento profissional, por muitos anos como professor de cursos de MBA, na área de gestão empresarial em cooperativas de crédito, me fez refletir o quão sou responsável no desenvolvimento destes profissionais para o mercado atual. Refletindo sobre este desafio, me faz considerar que as mudanças necessárias para encarar este mundo contemporâneo e principalmente sobre a velocidade em que as mudanças ocorrem, impondo uma postura totalmente diferente, tanto deles quanto a minha.
Esta metamorfose do mercado, provoca alterações significativas nas relações interpessoais e de sincronia com este novo momento. Neste sentido o que faço está muito mais voltado na esfera da transformação do que da educação. Estes conceitos fizeram para mim, mais sentido ainda quando aplicados aos conceitos absorvidos durante a oportunidade que tive de conviver com Konichi Omae (considerado o “pai da estratégia naquele ano, pelos 10 maiores estrategistas do mundo) em 2010.
Ele me permitiu, através de suas orientações, a possibilidade de construir uma melhor visão do posicionamento da nossa organização em determinados ambientes. Contribuiu também para uma reflexão sobre o comportamento humano diante das decisões econômicas.
Estas reflexões e avaliações sobre tais mudanças, é definida como uma nova economia que está intrinsicamente influenciada no nosso dia a dia – a economia comportamental.
Esta economia comportamental é primeiramente uma análise nova e contemporânea, principalmente se tratando de cooperativa de crédito. Ela pode ser definida como um mix entre os fatos econômicos e as outras áreas, como neurociência, psicologia comportamental, dentre outras.
A economia clássica sempre considerou o homem como um ser racional, que toma decisões de forma lógica, pura e simples. Muito destas, são tomadas pela forma estruturada que nosso aluno/profissional traz consigo desde sua concepção e criação que “molda” sua forma de enxergar o mundo e as coisas.
Os economistas comportamentais, portanto, passam a entender o comportamento econômico sob o viés das emoções e da irracionalidade humana, que sempre podem influenciar nas nossas decisões econômicas. Entender de psicologia do consumo e usá-la ao nosso favor… fará a diferença.
Basicamente, a economia comportamental nos ensina que as pessoas tomam suas decisões com base em hábitos e gatilhos próprios que carregam em sua mente. As pesquisas de mercado podem ajudar a mapear esses hábitos, servindo para prever decisões e trabalhar em cima dessas informações para oferecer melhores soluções para as pessoas. Elas são capazes de identificar padrões nas pessoas e na forma como tomam decisões de compra e de consumo de produtos.
Uma das estratégias importantes nos dias de hoje é a de fazer perguntas que estimulem as pessoas a explorarem suas decisões e, a partir disso, usar tais informações obtidas para desvendar o comportamento humano e tirar vantagem disso.
Com o resultado dessas informações, é possível fazer um trabalho mais eficaz capaz de ensinar a negociar mais, ser mais assertivo e atender as necessidades do seu cooperado. Um exemplo clássico está na decisão de adquirir um produto ou serviço, ao qual permite refletir em um status social, enquanto se busca realmente suprir uma carência emocional.
Adquirir um relógio Rolex ou uma bolsa da Victor Hugo, por muitas vezes, traz uma satisfação que nada mais é do que preencher um vazio existente dentro de si, embora haja valor agregado.
Hoje a sua equipe está desenvolvida para transmitir os valores da sua empresa, de forma que atenda as expectativas emocionais dos seus cooperados? Hoje seus cooperados compram seus produtos pela sua vitrine? Ou eles compram pelos valores que sua marca representa?
Leonel Romanini Júnior – Especialista em Cooperativismo.
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